domingo, 22 de abril de 2012

2.3 - O tesouro do reino oculto pela cegueira religiosa

2.1 - O Reino dos céus é um tesouro escondido
2.2 O tesouro do reino oculto pela incredulidade

2.3 - O tesouro do reino oculto pela cegueira religiosa

Outra forma pela qual o inimigo tem conseguido fazer com que muitos não enxerguem o tesouro escondido, ou o percam de vista, mesmo depois de tê-lo encontrado, é a cegueira espiritual ou religiosa. Note o que diz este versículo:
“E disse-lhe Jesus: Eu vim a este mundo para juízo, a fim de que os que não vêem vejam, e os que vêem sejam cegos. (João 9:39)
Para entendermos isto, teremos que analisar as circunstâncias e o contexto em que o Senhor Jesus proferiu estas palavras, só assim entenderemos exatamente o que o Ele quis dizer com: “os que vêem sejam cegos”.
João, o evangelista, relata que naquele dia “passando Jesus, viu um homem cego de nascença.” (João 9:1) Fato que despertou uma curiosidade entre os seus discípulos que “lhe perguntaram, dizendo: Rabi, quem pecou, este ou seus pais, para que nascesse cego?” (João 9:2) Esta pergunta dos discípulos revela um pouco da cegueira religiosa que imperava naqueles dias, e pelo visto, a partir dela Jesus decidiu que aquele seria um dia para combater esta cegueira.
O senhor começou esclarecendo os seus discípulos: “Nem ele pecou nem seus pais; mas foi assim para que se manifestem nele as obras de Deus.” (João 9:3).
Mas só isso não era suficiente, Jesus queria mexer mais fundo nesta ferida, ele queria alcançar os verdadeiros responsáveis pela cegueira espiritual, que eram os lideres religiosos. Então, fez algo que, com toda certeza, iria chamar a atenção deles, algo que iria escandaliza-los em sua religiosidade.
O que ele fez?
Curou um cego, aquele mesmo cego.
Mas que mal poderia haver em um ato tão bom como curar um cego de nascença? Os religiosos encontraram um defeito, João registrou isso: “E era sábado quando Jesus... lhe abriu os olhos.” (João 9:14)
O defeito que os fariseus acharam foi o dia da semana em que Jesus curou o cego, na interpretação distorcida que eles faziam da lei, no sábado não poderia se fazer nada, nem mesmo um bem tão grande como o que Jesus fez.
Jesus se defende e justifica a sua atitude: “Convém que eu faça as obras daquele que me enviou, enquanto é dia; a noite vem, quando ninguém pode trabalhar.” (João 9:4) Por mais que os fariseus pudessem ficar revoltados, mas para Jesus era mais importante fazer a vontade do Pai, do que obedecer um mandamento distorcido pela cegueira religiosa dos homens.
Os fariseus, então, ficaram desesperados para saber quem era este homem que havia quebrado o sublime mandamento deles. Interrogaram os pais do cego, inquiriram, reviraram. Mas o próprio cego, ou melhor, ex-cego não fazia mistério: “O homem, chamado Jesus, fez lodo, e untou-me os olhos, e disse-me: Vai ao tanque de Siloé, e lava-te. Então fui, e lavei-me, e vi.” (João 9:11)
Encontrado o criminoso, agora só faltava condena-lo taxando-o de pecador, e o primeiro que deveria fazer isto era o próprio que foi curado, por isso os fariseus lhe disseram: “Dá glória a Deus; nós sabemos que esse homem é pecador.” (João 9:24) Foi neste momento que o que fora cego provou ter muito  mais visão espiritual do que aqueles doutores da lei, ouça a resposta que ele lhes deu: “Se é pecador, não sei; uma coisa sei, é que, havendo eu sido cego, agora vejo.” (João 9:25) Contra fatos não existem argumentos, mas nem assim aqueles homens quiseram abandonar a sua cegueira.
Quanto ao que fora cego, ele demonstrou ter não só visão física, como também espiritual. Por isso Jesus o encontrou novamente e lhe mostrou de vez o tesouro escondido:
“... Crês tu no Filho de Deus?
Ele respondeu, e disse: Quem é ele, Senhor, para que nele creia?
E Jesus lhe disse: Tu já o tens visto, e é aquele que fala contigo.
 Ele disse: Creio, Senhor. E o adorou.”
(João 9:35-38)
Com isso podemos entender quem são, para Jesus, os cegos e os que vêem.
E você? Também pode ver o tesouro?

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